sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Olívia


Olívia é a mais nova das quatro irmãs. Deita na cama como quem não quer nada, os pés se enroscam numa forma engraçada e permanece assim até o dia clarear.
Pensamento na mente, lápis nas mãos. Rabisca o que lhe vem à mente, sem critérios.
Cantarola alguns versos de sua música favorita; seria possível alguém nunca ter sonhado?
Menina dos olhos amendoados que vive sonhando em sonhar.

No campo

O que tínhamos era denso, louco, nosso. Não sei ao certo o dia em que passei a enxergá-la. Aquela menina dócil, de cabelos emaranhados, óculos de aro grosso, sempre carregando no pescoço um cordão com um pingente de laço dourado. Foi numa dessas tardes de verão no campo; o clima sereno, o vento abafado e a cabeça confusa. Ela passou como sempre, sentada em sua bicicleta esverdeada e enferrujada pelo passar dos anos.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sonhar


(Madeleine Peyroux, J'ai deux amours)



sexta-feira, 14 de novembro de 2008

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Antes de mais nada, tudo.

Michel Melamed

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Absurdos

De tempos em tempos me falava absurdos
Dizia que eu não era santo, que era tonto, que não tava pronto
E prendia a atenção por tanto grito
Enchia os olhos de lágrimas e me agarrava pra não soltar mais
Tudo ao mesmo tempo.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Observe

Escher
Olhar atento.
Detalhes.

O beijo

(Gustav Klimt, art nouveau)